Quais foram as mudanças do consumidor?
De acordo com um estudo realizado pela Fiocruz o vírus (SARS-CoV-2), mais conhecido como COVID-19, começou a se espalhar no Brasil por volta da primeira semana de fevereiro. Desde então, o dia-a-dia da maioria das pessoas mudaram muito e com isso os seus hábitos alimentares.
Após um questionário aplicado em abril, pela NUPENS (Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde), foi encontrado um aumento no consumo de alimentos frescos e in natura, como frutas, verduras, legumes e feijão e uma estabilidade dos alimentos ultraprocessados, como chocolates e biscoitos.
Por que as pessoas mudaram sua alimentação?
Devido ao isolamento e com isso, os restaurantes fisicamente fechados, se intensificou um movimento de resgate do hábito de cozinhar e da cultura alimentar entre os brasileiros, com uma maior socialização dentro de casa ao cozinhar, conversar e sentar-se à mesa. Acredita-se ainda, que essas mudanças tenham se dado pelo fato de a maioria das pessoas terem mais tempo para cozinhar e menos exposição aos ultraprocessados como antes. Além disso, as pessoas estão mais preocupadas com a saúde, pois focam em manter o sistema imunológico fortalecido para ficar “protegido” do Covid-19.
O que esperar do “novo normal” no ramo alimentício?
Sabemos que o futuro é incerto, mas também temos consciência de que a vida dos consumidores não será mais a mesma.
Com a mudança de hábitos dos consumidores, a mudança nas prioridades será consequência, uma vez que doenças como obesidade, diabetes, hipertensão e problemas respiratórios estão amedrontando a população como um todo.
Desse modo, o sabor, a textura ou o aroma do alimento não serão mais fatores decisivos na hora do consumo, logo, inovações serão necessárias por todo ramo alimentício.
Primeiramente, para restaurantes, esses já sofrem a transição presencial para digital. O uso de delivery, mídias sociais e pagamentos online serão indispensáveis para esses estabelecimentos. Além disso, nesse mundo mais doméstico, há de acontecer de Chefs venderem receitas a partir de acompanhamento de lives, cursos online ou aulas remotas dos autores. Já os hortifruits terão que se deslocar de zonas rurais para os bairros das cidades sendo mais próximas de seus consumidores, seja em fazendas urbanas, containers ou estufas domésticas. Além disso, terá um aumento de serviços de entrega de supermercados e varejos.E por fim, o uso de tecnologias será alvo de interesse de grandes indústrias, como produtos de plantas feitas em laboratórios (atingindo o mesmo ou quase ou nível de sabor e textura bovina) e uso inteligente da água criando culturas de plantio mais resistentes e saudáveis.
No que a AJEA pode me ajudar?
A decisão de compra do consumidor é realizada a partir da percepção de um problema, com isso, este se move em direção à solução. Mas como saber qual é esse consumidor que o seu produto atende as necessidades?
Pensando nisso, a pesquisa de mercado tem o intuito de orientar os empreendedores a traçar as melhores estratégias.
Algumas vantagens da pesquisa de mercado são: conhecer o perfil do cliente, conhecer os pontos fortes e fracos dos seus concorrentes, avaliação comparativa de seus potenciais fornecedores, dimensionamento do mercado e definição do seu público alvo.
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- REFERÊNCIAS:
https://www.abia.org.br/noticias/webinar-discute-a-inovacao-no-setor-de-alimentos