A importância da embalagem na indústria de alimentos

As principais funções que a embalagem deve exercer são: proteção, conservação, informação e a função relacionada ao serviço ou à conveniência na utilização do produto e provavelmente você já se deparou com uma prateleira de mercado com um mesmo produto embalado de diversas formas diferentes. Mas se existem tantas embalagens disponíveis para um mesmo produto, qual delas é a melhor?

Embalagem para alimento, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, é o invólucro, recipiente ou qualquer forma de acondicionamento, removível ou não, destinada a cobrir, empacotar, envasar, proteger ou manter, especificamente ou não, matérias-primas, produtos semielaborados ou produtos acabados.

Incluído dentro do conceito de embalagem encontram-se as embalagens primárias, secundárias e terciárias. 

  1. Embalagens primárias: são aquelas que entram em contato direto com o alimento, podendo ser a lata, o vidro ou o plástico. Sua grande responsabilidade é conservar e conter o produto. 
  2. Embalagens secundárias: são as caixas de cartão ou de cartolina que entram em contato com as embalagens primárias, podendo conter uma ou várias embalagens primárias, tendo a finalidade de protegê-las das ações físicas e mecânicas durante a distribuição. A embalagem secundária também é responsável pela comunicação, servindo como um suporte de informação para o consumidor. 
  3. Embalagens terciárias: são as que agrupam diversas embalagens primárias ou secundárias, sendo responsáveis pela proteção durante o transporte, como as caixas de cartão canelado ou as caixas plásticas (engradados) usadas para garrafas. 

A segurança dos alimentos é uma preocupação da indústria alimentícia há décadas, tentando sempre desenvolver novos métodos e alternativas que promovam cada vez mais qualidade aos produtos vendidos aos consumidores do mundo todo. Todo o processo de produção e preparo dos alimentos que encontramos nos mercados são planejados e executados com todo o cuidado para evitar qualquer tipo de contaminação que possa comprometer a qualidade do produto ou até mesmo o próprio consumidor. 

Com as embalagens não é diferente, elas são desenvolvidas para garantir que os alimentos possam chegar de forma íntegra às prateleiras e serem comercializados com segurança pelas redes de mercados e supermercados de todo o mundo. A quantidade variada de embalagens diferentes que encontramos nas prateleiras para um mesmo produto, como os que foram citados, nem sempre é um problema.

A escolha da embalagem certa para um produto se dá por questões químicas (evitar reações indesejadas nos alimentos que possam comprometer a qualidade e a segurança do mesmo), questões microbiológicas (evitar qualquer tipo de contaminação indesejada) e questões físicas (evitar que qualquer tipo de impacto físico no transporte ou manejo prejudique a experiência do produto e a sua qualidade). 

Contudo, é importante ressaltar que existem diversas ótimas escolhas de tipos de embalagens para um mesmo alimento, e que portanto podemos garantir que um leite é bem embalado tanto na garrafa de vidro/plástico quanto na caixinha, desde que todas as embalagens sejam ótimas barreiras nas questões citadas anteriormente (químicas, microbiológicas e físicas).  

As embalagens, por serem o primeiro contato do consumidor com o produto, são consideradas como um veículo de venda e de divulgação da marca e da sua identidade, tornando-se uma das características principais na hora da compra. Entretanto, alguns fatores externos também podem afetar na escolha da embalagem desejada, como por exemplo o design visual que se deseja obter do produto ou até mesmo as estratégias de marketing. Portanto, a embalagem e o rótulo são vistos pelas empresas como um meio de comunicação entre o produto e o consumidor, além de proteger o produto durante o armazenamento e o transporte. Os rótulos, em especial, adicionam um valor que ajuda as empresas a diferenciarem seus produtos e a aumentarem o valor da marca entre os consumidores finais. 

É importante lembrar que, a segurança do alimento deve ser levada em consideração durante toda a vida útil do mesmo, desde a recepção da matéria-prima na indústria até o armazenamento do produto na residência do consumidor. Para isso, é possível unir várias outras técnicas e procedimentos que auxiliam em todo esse processo (boas instruções de armazenamento na embalagem, Boas Práticas de Fabricação na indústria, higienização correta de equipamentos e utensílios na produção, embalagens de otima escolha, entre outros).

REFERÊNCIAS

  • ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 13230:2008. Embalagens e acondicionamento de plásticos recicláveis – identificação e simbologia. Rio de Janeiro, 2008.
  • BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Portaria nº 177, de 04 de março de 1999. Diário Oficial da União, Poder Executivo, de 08 de março de 1999. Aprova o Regulamento técnico sobre disposições gerais para embalagens e equipamentos celulósicos em contato com alimentos e seus anexos. Brasília, 1999. 
  • JORGE, Neuza. Embalagens para alimentos. Universidade Estadial Paulista, Pró-Reitoria de Graduação, 194 p. São José do Rio Preto, 2013.
  • CABRAL, Antonio Carlos Dantas et al. Apostila de embalagem para alimentos. Campinas, 1984. 335 p.

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