A alimentação é um fator inerente à sobrevivência humana, evoluindo conforme a sociedade por meio da denominada Transição Nutricional. Sabe-se que há muito tempo atrás, os alimentos eram fabricados e produzidos na mesma região na qual seriam comercializados, porém na sociedade contemporânea caracterizada pela intensa globalização, tornou-se possível que a produção alimentícia fosse realizada longe do local de comercialização. Porém, essas mudanças não significam necessariamente algo melhor em termos de alimentação e saúde, uma vez que, para se manter a integridade do alimento por longos períodos tornou-se constante os estudos e utilização de aditivos alimentares que melhoram as condições de armazenamento.
Mas afinal, o que é um aditivo alimentar? “É todo e qualquer ingrediente adicionado intencionalmente aos alimentos sem o propósito de nutrir, com objetivo de modificar as características químicas, biológicas ou sensoriais, durante a fabricação, processamento, preparação, tratamento, embalagem, acondicionamento, armazenagem, transporte ou manipulação de um alimento”. Esta definição consta no site da ANVISA, item 1.2 da Portaria SVS/MS 540, de 27/10/97.
E você sabe em quais alimentos eles estão? Alguns exemplos são: Biscoitos, cereais matinais, refrigerantes, sucos artificiais, gelatinas, balas, dentre outros milhares de alimentos que são muito consumidos diariamente, e principalmente, muito atrativos para crianças. Entretanto, diversos estudos têm mostrado que existem muitas contra indicações no consumo desses alimentos, uma vez que apresentam riscos de desencadear alergias, além de diversas doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes, obesidade e comprovadamente também são potentes carcinógenos.
Apesar dos fatos mencionados, os efeitos negativos do consumo dessas substâncias se fazem presente apenas quando consumidos com frequência, e também considerando uma grande quantidade por kg/peso. Nesse sentido, vale salientar que mantendo uma alimentação balanceada e saudável diariamente, é possível que se consuma qualquer alimento sem prejuízos à saúde, desde que com moderação.
Referências:
HONORATO, Thatyan Campos et al. Aditivos alimentares: aplicações e toxicologia. Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, v. 8, n. 5, p. 1, 2013.
POLÔNIO, Maria Lúcia Teixeira; PERES, Frederico. Consumo de aditivos alimentares e efeitos à saúde: desafios para a saúde pública brasileira. Cadernos de saúde pública, v. 25, p. 1653-1666, 2009.
Conte, F. A. (2016). Efeitos do consumo de aditivos químicos alimentares na saúde humana. Revista Espaço Acadêmico, 16(181), 69-81.