Você sabia que o dente-de-leão é comestível? (PANCS)

Quem nunca colheu e assoprou um dente-de-leão para observar as sementes voarem? Você sabia que além de admirarmos o dente-de-leão, também é possível comê-lo?         

O dente-de-leão, assim como milhares de plantas, possuem uma ou mais partes comestíveis que não estão incluídas em nosso cardápio cotidiano, e quando isso ocorre são classificadas como plantas alimentícias não convencionais (PANCs) (KELEN, et al., 2015).         

É estimado que no Brasil existem no mínimo três mil espécies conhecidas de PANCs, nativas ou exóticas, espontâneas ou cultivadas, e aproximadamente 10% de toda flora seja alguma planta alimentícia (KELEN, et al., 2015).         

As PANCs são denominadas assim, quando não se tem muitas informações técnico-cientificas e/ou quando ainda não foram exploradas pela sociedade, tendo muitas vezes como consequência o consumo apenas regional ou por uma pequena parcela da população (BRASIL, 2010).         

Embora consideradas excelentes fontes de nutrientes, vitaminas e sais minerais, a falta de conhecimento a respeito das PANCs, muitas vezes quando são encontradas, acabam sendo confundidas com ervas daninhas ou matos, consequentemente sendo arrancadas e/ou ignoradas, principalmente por serem encontradas amplamente nas áreas urbanas como no próprio quintal de casa e também em regiões rurais (LIBERATO, et al., 2019).         

Além disso, as PANCs também possuem propriedades antioxidantes, ação terapêutica e anti-inflamatória, mas devem ser preparadas da maneira correta e indicada para que se obtenha seus benefícios (LIBERATO, et al., 2019).         

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Então, essas são plantas alimentícias não convencionais encontradas facilmente e que muitas vezes são descartadas.         

Apesar de serem de fácil acesso e possuírem diversos benefícios, as PANCS requerem uma devida atenção antes de se tornarem um alimento. Isso se deve, pela possibilidade de confundir as plantas e acabar consumindo algo tóxico para o organismo, sendo que algumas dessas plantas não convencionais podem ser contraindicadas para pessoas com reumatismo ou lactantes. Além disso, é valido ressaltar que a dose consumida, deve ser regrada ou até mesmo indicada por um médico, visto que, misturas de PANCS ou consumos exagerados podem desencadear reações preocupantes.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Agricultura, pecuária e Abastecimento. Manual de hortaliças não-convencionais. Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo. Brasília: mapa/ACS, 2010.

KELEN, M. E. B.; NOUHUYS, I. S. V.; KEHL, L. C.; BRACK. P.; SILVA, D.B. Plantas alimentícias não convencionais (PANCs): hortaliças espontâneas e nativas. (1ª ed.). UFRGS, PortoAlegre, 2015.

LIBERATO, P. da S.; LIMA, D. V. T. de, SILVA, G. M. B. da. PANCs – Plantas alimentícias não convencionais e seus benefícios nutricionais. Environmental Smoke, v. 2, n.2, p. 102 – 111. 2019.

LOPES, Nathália. Dente-de-leão: Conheça os benefícios da planta. Alimentação, VITAT, 2020. Disponível em: < https://vitat.com.br/dente-de-leao/> Acesso em: 13 set. 2021.

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